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Devaneios sobre o amor

Ninguém vem ao mundo para amar duas vezes.
Sou uma mulher moderna, com concepções progressistas, mas que não avançou muito no discurso amoroso.

Eu não sei bem o que dizer sobre o amor, como ele é, como acontece. Mas é fato que eu não acredito que esse burburinho sobre afetos entre dois seres pode ser chamado de amor. 

Aprendi com Jane Austen que ele ultrapassa barreiras, está para além das convenções. Shakespeare me mostrou que ele supera a própria vida. Com eles aprendi que o amor é construção. Com meus erros aprendi que ele não é suficiente se algo te faz perder a razão.

Ninguém ama duas vezes, ninguém acredite nessa loucura. É demasiado romântico pensar, mas o que é que tem?  As pessoas perderam o romance, acham piegas. Os livros acadêmicos emburrecem o amor, a tecnologia o esfriou...
Parece que o amor está fora de moda. É cômico amar, é até vergonhoso para quem ama.

Eu não tive minha chance no amor, e por muito quis ser o amor de alguém, mas nem tudo na vida é fácil. Às vezes sua chance no amor é perdida. E você guarda os bons momentos antes de fecharem as cortinas para então chorar sozinha.

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